Mamografia 'não vê' quase metades dos casos de câncer

16/08/2007

Exames de imagem por ressonância magnética IRM são muito melhores em detectar câncer de mama agressivo nos estágios iniciais do que mamografias comuns, uma pesquisa sugere.

Um estudo da revista científica Lancet descobriu que exames baseados em raois X detectam apenas 52% dos sinais precoces de uma forma da doença.

Mas uma equipe da Universidade de Bonn, na Alemanha, descobriu que o IRM, mais comumente utilizado para exames cefálicos, encontraram 92% das lesões.

No entanto, exames de IRM são raramente usados por mastologistas, mas apenas para confirmar os exames convencionais.

Os pesquisadores estão solicitando o uso mais rotineiro do IRM na detecção do câncer de mama.

O mais cedo que seja detectado o tipo de câncer agressivo, maiores as chances de um tratamento de sucesso.

O estudo com mais de 7.300 mulheres focou em um estágio bem inicial de uma forma de câncer chamado de ductal carcinoma in situ, que afeta os dutos de leite no seio.

Os pesquisadores descobriram que escaneamento tipo IRM foram muito mais eficazes para encontrar a doença.

A diferença foi mais evidente para os casos particularmente mais agressivos: IRM detectou 98% enquanto mamogramas comuns apenas 52%.

O IRM também não acusou maior quantidade de casos de resultados falsamente positivos.

Conclusões difíceis

Escreveram na revista The Lancet a Dra. Carla Boetes e o Dr. Ritse Mann do Centro Médico Nijmegen da Universidade de Radboud, na Holanda, que sugeriram mais pesquisa para colaborar nos méritos do uso do IRM ao detectar câncer de mama.

Eles escreveram: “IRM não deveria ser visto como um adjunto da mamografia, mas um método distinto para detectar o câncer ainda nos estágios iniciais.”

No entanto, a Dra. Emma Pennery, uma enfermeira consultora da Breast Cancer Care, disse que não ficou claro quem se beneficiaria, pois o estudo incluía uma população mista de mulheres.

Incluía mulheres que estavam fazendo exame de rotina de câncer de mama, algumas que estavam verificando após o tratamento do câncer e outras que tinham um histórico familiar significativo de câncer.

A Dra. Pennery disse: “Mais pesquisa é necessária para esclarecer quais implicações... e quando é mais eficiente o uso do IRM”.

Julietta Patnick, diretora de uma entidade que estimula exames regulares de câncer de mama também disse que ficou difícil definir conclusões firmes do estudo.

[BBC News]

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