Pele artificial dispensa teste com animais

26/07/2007

A gigante dos cosméticos L'Oréal acaba de desenvolver a Episkin, uma versão de laboratório da pele humana que deve dispensar a necessidade de usar animais em testes de segurança de produtos de beleza ou limpeza, informa a revista de divulgação científica britânica "New Scientist" (www.newscientist.com).

Pesquisas anteriores revelaram que, quando a reputação está em jogo, os animais e os humanos tendem a se mostrar mais altruístas, apenas porque esse comportamento é socialmente valorizado. Um novo estudo feito por pesquisadores alemães demonstrou que o fato de alguém saber que está sendo observado leva à mesma atitude.

Uma simples imagem de um par de olhos estilizados numa tela de computador, por exemplo, basta para mudar o comportamento de uma pessoa. Da mesma forma, se for colocado um par de olhos em uma caixa para gorjeta, as pessoas se mostrarão mais generosas do que se a ilustração for de uma flor.

Manfred Milinski, do Instituto Max-Planck de Ecologia Evolutiva, na Alemanha, e Bettina Rockenbach, da Universidade de Erfurt, também na Alemanha, descobriram que o cérebro humano está, na realidade, "programado" para reagir assim. Os pesquisadores demonstraram que os animais -- não apenas os mamíferos como também os pássaros e alguns peixes -- mudam de comportamento se se sentem observados.

Um jogo sutil tem lugar entre o "observador" e o "observado". O observador deve olhar o observado sem ser visto para estar certo de recolher a informação confiável. O observado, sabendo-se observado, deve, por sua parte, agir como se não soubesse que está sendo observado para que não se suspeite que seu comportamento altruísta é falso. Trata-se de uma verdadeira "corrida armamentista" entre o observador e o observado, resumiram os pesquisadores.

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