O Prémio Nobel da Literatura de 1998 participava numa conversa pública com a escritora colombiana Laura Retrepo, no teatro municipal Jorge Eliécer Gaitán, de Bogotá.
São «os ricos que governam e, quando precisam que outros governem por eles, têm-nos» disse Saramago no encontro «Elogio da Leitura», integrado nas iniciativas de «Bogotá Capital Mundial do Livro 2007».
O escritor considerou que o mundo está a passar por um «processo de anestesia de que somos vítimas sem saber o que está por detrás daquilo a que se chama democracia».
Para Saramago, tudo se debate menos a democracia, que se limita a convocar eleições para eleger um governo por um determinado período, para depois convocar novas eleições.
Acrescentou que, em muitos países, «a vida é determinada e dirigida por organismos que, como o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial, não são democráticos». Para os enfrentarem as sociedades precisam de ter ideias, mas, «infelizmente, não as temos», disse.
José Saramago advertiu que a civilização, tal como hoje a entendemos, por estar a chegar ao fim, pelo desenvolvimento tecnológico e pela engenharia genética.
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